É importante lavar o que for possível com água e sabão e usar solução de água sanitária. Contato com água pode trazer leptospirose, hepatite A e arboviroses.
Contato de moradores com água de alagamento pode gerar doenças
RIO / BAIXADA - Especialistas alertam para os riscos à saúde do contato com a água suja que invadiu casas no Rio e em municípios da Baixada Fluminense após as chuvas recentes.
A preocupação é com as doenças que surgem depois dos temporais, que de 29 de fevereiro a 3 de março provocaram alagamentos e deslizamentos de terra em bairros da Zona Oeste do Rio, como Realengo e Guaratiba, e municípios como Seropédica, Nilópolis, Mesquita e Duque de Caxias.
Durante dias, moradores ficaram ilhados, convivendo com lama e água suja dentro de suas casas. Muitos tiveram móveis, eletrodomésticos, roupas e alimentos atingidos por essa água.
A infectologista Tânia Vergara diz que é importante começar pela higiene da casa. Lavar o que for possível com água e sabão. Colchões que podem ser recuperados devem ser lavados e depois colocados no sol.
“Para os móveis, no final é bom que seja feita uma solução com água sanitária. Mas é importante que seja alguma coisa que tenha recuperação”, disse a especialista.
Tânia alerta para importância para a lavagem de cisternas e caixas d’água. Elas têm de ser esvaziadas, lavadas e só depois a água que vai ser consumida deve ser recolocada. Deve ser colocada também uma solução de água sanitária, na proporção de um litro para cada mil litros de água. E o consumo só deve se dar depois de uma hora e meia.
“Depois deve-se abrir a torneira e deixar sair a água que estava no cano por um tempo. Utensílios domésticos que podem ser lavados podem ser reutilizados. Mas comida que foi encharcada deve ser jogada no lixo”, disse Tânia.
A infectologista disse ainda que é preciso atenção com o contato com a água da chuva, que pode estar contaminada com urina de rato, e causar a leptospirose. Outras doenças que podem vir das inundações são a hepatite A, as arboviroses – porque as regiões alagadas depois tendem a ficar cheias de mosquitos – como dengue, zika e chikungunya.
por: G1
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