quinta-feira, 26 de novembro de 2020
Criminoso é morto em confronto com Polícia em Itaguaí
Itaguaí dá desconto e facilita quem tem dívida com o município
ITAGUAÍ - Desde agosto deste ano, graças à lei 3868, a secretaria municipal de Fazenda oferece descontos e parcelamentos a quem tem dívidas com o município. A medida foi uma das primeiras assinadas pelo prefeito Rubem Vieira (Podemos), então recém-empossado prefeito por causa da cassação dos mandatos de Carlo Busatto Junior (o prefeito Charlinho) e Abeilard Goulart de Souza Filho (o vice-prefeito Abelardinho). Segundo o secretário da pasta, João José de Almeida Neto, o Programa Especial de Regularização Fiscal (Refis) beneficiou centenas de munícipes que têm passivos a saldar com a cidade. De quebra, ajudou a melhorar a receita, que, segundo Almeida Neto, vem crescendo nos últimos meses. Os descontos são progressivos: quanto menos parcelas, maior o percentual de abatimento, até o total de 12 (sem desconto).
A única questão agora é o prazo, que se encerra no próximo dia 30. É uma boa chance para quem quiser se livrar dos débitos e obter bons descontos para começar o ano que vem sem pendências com os tributos municipais.
Quem quiser debater sobre a dívida e entender os descontos e condições, é só aparecer na sede da prefeitura, na Avenida General Bocaiúva, sem número, no setor de Dívida Ativa. O horário de funcionamento é de 8h às 17h.
Eles dançam e fazem bonito pela cultura
Nada disso é importante, como enfatiza Jailson Trevysani, uma referência da dança em Itaguaí há muitos anos. “Sempre vai existir homofobia, mas a arte é superior a tudo isso”, ensina ele. Graças ao seu empenho, sete meninos estudam balé na cidade (talvez existam outros), e um já é professor. É bastante difícil, muito por causa do preconceito imbecil, que meninos se dediquem à beleza, técnica e disciplina do balé. Nada existe no balé executado por homens capaz de sustentar a ideia de que a dança clássica é coisa de “maricas”: é bastante difícil conciliar com precisão força muscular, flexibilidade e excelente condicionamento físico. Tais habilidades são mais facilmente obtidas por homens.
No balé, homens e mulheres têm rotinas, movimentos e exercícios totalmente diferentes. O homem, por exemplo, não dança na ponta dos pés, e cabe a eles levantar a bailarina muitas vezes acima da cabeça. Certos passos, pela complexidade e força envolvidas, só podem ser executados com perfeição pelos homens. Portanto, a competência do bailarino nada a tem a ver com sua sexualidade, que pode, felizmente – assim como em qualquer atividade ou profissão -, ser qualquer uma.
Para além do rótulo de “maricas”, a história conta que o balé surgiu nas cortes italianas do século XV, por volta do ano 1400. Mas as mulheres só começaram a se apresentar nos palcos mais de 200 anos depois. Com o passar dos anos, porém, a plasticidade da execução dos movimentos executados pelas mulheres passou a definir o conceito de balé. A partir disso, a participação dos homens passou a ser alvo de estereótipos que se afastavam de um ideal consensual e muitas vezes tóxico de masculinidade. Por isso, culturalmente, os meninos geralmente passam longe da atividade.
Mas Jailson Trevysani insiste e tenta garimpar talentos para que a dança não se prive da beleza do balé dos meninos. O DIA esteve com três desses talentos.
“NÓS GATOS JÁ NASCEMOS POBRES”
O fascínio de Arthur pelo balé começou há três anos, quando ele tinha apenas seis anos de idade. Por sempre acompanhar a irmã às aulas na Escola Municipal de Dança (sob a direção de Trevysani), o menino passou a se interessar a ponto da mãe perguntar “quer dançar também, Arthur?”. Foi o começo de uma saudável obsessão. O pai, Marcelo, diz que é preciso pedir para o filho parar de fazer exercícios, porque é assim que Arthur brinca em casa: fazendo extensões e movimentos do balé. Marcelo não se incomoda nem um pouco com a dedicação do filho à dança: acha a arte um valor inquestionável. “O avô materno dele era professor de dança de salão”, conta ele, orgulhoso. A mãe diz que o irmão mais velho de Arthur, Lucas, no começo ficava zoando, mas é um dos maiores apoiadores hoje em dia.
Arthur já se apresentou diversas vezes. Começou com um número de “Saltimbancos Trapalhões”, com música de Chico Buarque. Arthur era um dos felinos que dançava e cantava “Nós gatos já nascemos pobres / porém, já nascemos livres”...
Houve sim um episódio de homofobia: uma aluna da escola onde ele estuda foi inclusive advertida pela direção por ter tentado ofender Arthur. Mas ele dá de ombros ao lembrar da história. Em seguida, na ponta dos pés para se servir de água do bebedouro, a poucos minutos da aula de balé, o menino de nove anos era todo ansiedade e alegria.
É o mais novo dos alunos do Studio e há nele algo de incomum que o professor dele e Jailson apontam. “Não é muito fácil de achar por aí um menino dessa idade que faz o que ele faz”, analisa Jailson, e complementa: “Tem um talento incrível e certamente pode ser um grande bailarino”. O menino sorri, satisfeito, e, perguntado se quer ir para o Balé Bolshoi (Rússia) ou para o The Royal Ballet (Londres), fica na dúvida e diz que não gosta muito de frio. Os pais acham divertido, e Arthur, mais uma vez, rodopia.
Os palcos do sucesso aguardam por ele.
LONGE DO JIU JITSU
Com apenas 13 anos e a mania de fazer a ponta (esticar ao máximo os pés) enquanto conversa, Natã Nascimento, que mora em Estrela do Céu, tem quase 1,80m de altura. As pernas compridas e o troco atarracado dão uma boa pista do que ele já é, mesmo sem ele dizer: bailarino.
Mas a proibição de nada adiantou. A história começou a melhorar quando, em 2017, Natã veio morar em Itaguaí. Em agosto deste ano, o adolescente lembrou de Jailson Trevysani, pois tinha visto uma apresentação dos seus alunos. Pediu para fazer um teste e foi aprovado. Desde então, é aluno assíduo no Studio. Como quase todos os meninos que fazem balé, sempre há episódios de homofobia, mas nada que o demovesse do sonho de dançar. Em pouco tempo, já participou de apresentações com o grupo. Seu sonho de ser bailarino parece mesmo inabalável. Do alto dos seus quase 1,80m todos os palcos do mundo são visíveis.
FOTO NO MURAL DA ESCOLA
Philipe Matheus Farias tem apenas 24 anos, mas já ensina meninos e meninas no Studio de Dança Jailson Trevysani. O professor começou a ter aulas com Jailson aos oito anos, idade que tinha quando dançou “Toxic”, de Britney Spears, pela primeira vez para uma plateia. Hoje, esguio, com aquela postura inconfundível dos bailarinos (todos eles andam eretos, com os ombros para trás, em uma elegância imediata), não tem nenhum receio de gritar (gritar mesmo) com alunos e alunas na sua aula em busca do movimento perfeito. Quem nunca viu, saiba: grita-se muito. Mas, com a reportagem, o jovem professor é tímido e olha mais para o chão do que para o repórter.
A família não gostou da ideia do menino moreno e magro rodopiar nos palcos: “meu pai queria que eu fizesse luta”, conta Matheus. Ainda bem que não fez, porque em pouco tempo partiu para uma sólida formação que começou em Campo Grande, na zona oeste da capital, no Centro de Artes e Dança. “Nunca tive vergonha do balé”, diz ele.
Na Colégio Teotônio Vilela, tentaram ridicularizá-lo ao colocarem no mural uma foto dele no palco, dançando, para que todos vissem que ele era bailarino. Não funcionou. “A diretora até me chamou depois para me apresentar lá”, contou, com um sorriso de triunfo. Sim, o jovem professor triunfou e é premiado: já obteve a terceira colocação em um concurso internacional de solos.
Depois de alguns percalços, a família o apoia integralmente e ele é hoje uma peça importante no empenho de Trevysani de revelar novos talentos e manter acesa a chama do balé clássico em Itaguaí.
MAIS BAILARINOS
Jailson prepara um grande espetáculo para dezembro desse ano, uma lenda que explica a origem de Itaguaí. Há a possibilidade de seguir em turnê com várias apresentações. Para isso, precisa de mais meninos que se interessem por balé.
A exemplo do que aconteceu com Arthur, Matheus e Natã, as portas do Studio de Dança estão abertas para novos talentos. Os meninos recebem bolsas de estudo para cursar balé, jazz e alongamento. As audições são sempre às segundas e quartas, das 15h às 18h, na rua Amélia Louzada, 120 – Centro. O telefone é 2688-4811.
III Fórum do Mar reuniu especialistas sobre a Baía de Sepetiba
ITAGUAÍ - A empresa Vale divulgou que especialistas se reuniram virtualmente (por causa da pandemia) na segunda-feira (23), no III Fórum do Mar. O evento teve como temas a Década dos Oceanos e as ações da Vale na Baía de Sepetiba.
Para Vitor Libanio, gerente de Sustentabilidade da Vale, essa foi uma oportunidade para fomentar a discussão em torno do desenvolvimento sustentável. "Acreditamos que eventos como esse contribuem na busca por soluções integradas. Desejamos nos aproximar cada vez mais de agendas voltadas à preservação hídrica, como o Pacto pela Mar e iniciativas da Unesco", diz.
Entre os participantes estava Glauco Kimura de Freitas, oficial de projetos de Ciências Naturais da Unesco Brasil. Ele esclareceu os objetivos da Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável.
Representantes da Vale apresentaram as principais ações da empresa no território. Dentre as iniciativas destacadas está o Programa de Apoio à Geração e Incremento de Renda (AGIR) da Fundação Vale, que atua com grupos de empreendedores dos municípios de Itaguaí e Mangaratiba, compostos por pescadores artesanais e suas famílias.
Câmara de Vereadores aprova troca do nome da rua de Amélia Louzada torna-se rua Benedito Amorim
A rua Amélia Louzada, no Centro, é importantíssima. Ela começa em uma pequena subida ainda na rua Coronel Freitas e segue, descendo em ladeira, até a Praça Vicente Cicarino. É a rua onde ficam o Teatro Municipal e a Câmara Legislativa, e é paralela à rua General Bocaiúva, onde fica a sede da prefeitura.
Luciana Cicarino e Maria Paulla Santiago, moradoras da rua há mais de 50 anos, reclamam. “Os moradores não foram consultados”, disse a primeira. “Sempre foi esse nome, não concordo com a troca”, disse a segunda. Ambas acham que é válido homenagear o ex-prefeito, mas afirmam que o nome de Benedito deveria batizar o Parque Municipal, pois foi naquele local que a ocorreu a primeira Expo (a maior festividade do município, que começou no governo de Amorim).
Mas nem todo mundo sabe que o Parque já tem nome: chama-se Jutta Fuhrken, graças à lei de autoria do então vereador Silas Cabral (PV), aprovada pela Câmara em 2012. O local leva o nome da mãe de Eike Batista, empresário que despontava na cidade por causa do Porto X (hoje, Porto Sudeste), que, na época, começava a se instalar na Ilha da Madeira.
VEREADOR DEFENDE A LEI
André Amorim disse a O DIA: "A divergência de opiniões faz parte da democracia. Moro nessa rua há 40 anos e jamais soube quem é Amélia Louzada, o que não diminui quem ela foi. Também não concordo com o fato de que o Parque Municipal tenha o nome da mãe do Eike Batista, mas nem por isso quis mudar". O vereador do PSC garantiu que “foram cumpridas absolutamente todas as exigências que a lei determina, não é exigida consulta pública e houve assinaturas”.
Não é o que dizem alguns moradores consultados pela reportagem. O vereador não informou quantas assinaturas de moradores da rua Amélia Louzada o projeto obteve para a aprovação da lei.
Já sobre a necessidade de consulta pública, a Lei Orgânica Municipal determina que, em caso de mudança de nome de logradouro, ela é obrigatória. Está no artigo 52, na página 22, XVII: “na revisão dos nomes dados oficialmente aos prédios e logradouros públicos, atender-se-á ao critério de audiência prévia das comunidades interessadas”.
LIVRO MENCIONA AMÉLIA
Um livro de 2010, cuja realização foi da secretaria municipal de Educação e Cultura, menciona Amélia Louzada. A publicação se chama “Itaguaí, a Cidade do Porto”, e foi organizada pelos historiadores e pesquisadores Gustavo Alves Cardoso Moreira, Maria de Fátima de Castro Silva Santos e Taís Câmara Rocha de Assis. Segundo consta neste livro, a denominação de rua Amélia Louzada foi dada em 1949 para substituir o nome de Rua do Rocio. A iniciativa foi do vereador Maurício Antônio da Silva.
Ainda segundo a publicação, Amélia nasceu em Itaguaí em 1880. Era de família de comerciantes do ramo de hotelaria e transportes. Ela foi bisneta do Comendador Francisco José Cardoso, neta do major João Basílio Teixeira Pires e do vereador Adrião Gomes Guerra. Ela teve 12 filhos com José Nicolau da Cunha Louzada, de quem adquiriu o sobrenome.
terça-feira, 24 de novembro de 2020
Policiais Militares ajudam senhor que estava dormindo em um ponto de ônibus
Porto de Itaguaí recebe visita do comandante dos Portos do Rio de Janeiro
De acordo com a CDRJ, as autoridades militares foram recepcionadas pelo superintendente de gestão portuária de Itaguaí e Angra dos Reis, Alexandre Neves, pela gerente de acesso aquaviário, Julia Crisóstomo, e por representantes dos terminais portuários CSN, Sepetiba Tecon e CPBS, e do Porto Sudeste.
Ainda de acordo com a CDRJ, na ocasião, as empresas apresentaram seus terminais e o superintendente Alexandre Neves expôs os projetos da CDRJ para melhoria da infraestrutura aquaviária do Porto de Itaguaí. Dentre esses projetos, estão o corte da pedra no canal principal; a utilização de sinal virtual, em caráter temporário; o estabelecimento de um canal leve e de um fundeio para navios com calado de 18,20 metros.
Segundo a CDRJ, ao se apresentar, o capitão dos Portos do Rio de Janeiro se colocou à disposição para trabalhar em parceria com a autoridade portuária, objetivando assim o desenvolvimento do Porto de Itaguaí e a segurança da navegação. O superintendente do Porto de Itaguaí, Alexandre Neves, disse que é fundamental essa aproximação junto à autoridade marítima visando estabelecer uma agenda positiva e um canal de diálogo.
Secretário de Fazenda de Itaguaí: "índice para reajuste será o IPCA"
Agentes do Segurança Presente realiza prisão de homem suspeito de roubo em Itaguaí
O Homem foi encaminhado à 50ª DP, (Itaguaí), e os pertences foram devolvidos à vitima.
por: Notícias de Itaguaí
Esgoto a céu aberto em ruas de Itaguaí
Bueiro entupido causa transtorno a comerciantes e cidadãos em uma das avenidas mais importantes da cidade
O esgoto a céu aberto sai do bueiro em frente ao número 115 e desemboca no bueiro em frente ao número 95. Bem no Centro. Bem no comércio. Com lanchonetes próximas.
O DIA enviou um pedido de explicações à prefeitura sobre o motivo na demora da execução do serviço. Não recebeu resposta até a publicação desta matéria.
Câmara de Vereadores discute orçamento de 2021 em audiência pública
ITAGUAÍ - Nesta quinta-feira (19), a Câmara Municipal de Itaguaí fez uma audiência pública para discutir a Lei Orçamentária Anual (LOA). A LOA é uma lei elaborada pelo Poder Executivo que estabelece as despesas e as receitas que serão realizadas no próximo ano.
O evento foi transmitido ao vivo na página da Câmara Municipal de Itaguaí no Facebook e pela Rádio Câmara a partir das 10h15. Para quem quiser assisti-lo, ele está disponível na página de Facebook da Câmara, no endereço https://www.facebook.com/CMITAGUAI.
Participaram através da plataforma Jitsy o conselheiro tutelar Marcelo Praxedes e a conselheira do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA), Cláudia Regina Ima de Assis.
O Projeto de Lei 93/2020, que estima a receita e fixa a despesa do município de Itaguaí-RJ para o exercício de 2021, pode ser baixado em um arquivo PDF no seguinte endereço: http://cpdoc.camaraitaguai.rj.gov.br/images/leis/2020/PL93_2020_LOA_2021.pdf.
Festa em Itaguaí termina com troca de tiro entre policiais e bandidos
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
Prefeito de Itaguaí Rubem Vieira vai à CBF com deputado estadual Bebeto
Servidores de Itaguaí se surpreendem com valores de vencimentos
Ativação Cultural Itaguaí promove lives a partir da Consciência Negra
ITAGUAÍ - O projeto Ativação Cultural Itaguaí 202 Anos - patrocinado pela Vale e com apoio do Ministério do Turismo - preparou uma programação especial para as redes sociais Facebook e Youtube no Mês da Consciência Negra. Serão realizadas lives com debates entre convidados sobre o protagonismo negro na cultura, de 19 a 30 de novembro, entre 15h e 19h.
“Neste ano pensamos na programação online como forma de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus para garantir os cuidados com a saúde da população, e, ainda assim, incentivar e valorizar as manifestações socioculturais em seus mais diversos segmentos”, explica a produtora cultural e idealizadora do projeto, Alessandra Reis.
Segundo colocado a prefeito, Donizete, diz "Meu nome está à disposição de Itaguaí"
Empresário que obteve votação histórica já trabalhou na lavoura, vendeu picolé e hoje tornou-se importante personagem político
Carro pega fogo na entrada de Itaguaí
terça-feira, 17 de novembro de 2020
Morre Dulce Figueira, personalidade emblemática do Sepe Itaguaí
ITAGUAÍ - Uma professora militante aguerrida pela causa da educação em Itaguaí vai deixar muitas saudades em colegas, admiradores e família: Dulce Figueira, uma grande líder sindicalista morreu na segunda-feira (16), aos 75 anos, de causa não revelada. Ela estava internada há cerca de três dias na Rede D’Or. Dulce foi uma das mais engajadas na luta pela melhoria na qualidade da educação pública no Estado do Rio de Janeiro. Ela deixa duas filhas e sete netos, além, é claro de um imenso vazio no Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), principalmente na representação do Sepe Itaguaí, onde foi uma das fundadoras e ocupou diversos cargos, o últimos deles, de agosto de 2015 a julho de 2018, de coordenadora geral. Desde os anos 1980 Dulce militava na causa e dirigia o Sepe: são 40 anos de militância pela educação.
Dulce nasceu no Rio de Janeiro, mas imigrou para Itaguaí ainda menina e estudou na cidade. Era pedagoga e professora do curso Normal no Colégio Clodomiro Vasconcelos. Foi uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores (PT) em Itaguaí.
Graças ao seu empenho, o Sepe Itaguaí obteve importantes conquistas: nos anos 1990, Itaguaí passou a ter a primeira rede pública de educação no país com um plano de carreira unificado. Ela também ajudou a unir sob a mesma lei de direitos os servidores do Grupo de Apoio Técnico e pessoal do Magistério.
Dulce foi a primeira mulher candidata a prefeitura em Itaguaí, em 1992 (eleição vencida por Benedito Amorim). Ela também foi diretora da Regional de Educação do Estado do Rio de Janeiro na região de Itaguaí (Bahia da Ilha Grande), abrangendo cidades como Seropédica, Japeri, Paracambi, Itaguaí, Mangaratiba, Angra dos Reis, Paraty e Rio Claro.
Sempre de megafone ou microfone em punho durante manifestações do Sepe pela melhoria da educação e das condições de trabalho de professores e profissionais da rede municipal e estadual, Dulce era figura certa em qualquer debate e uma figura emblemática do sindicato.
REPERCUSSÃO
O Sepe fez uma homenagem e manifestou intenso pesar pela perda da militante e sindicalista: “Não falece hoje uma pessoa. Falece uma professora. Falece uma amiga. Uma amiga de luta, conselheira, guerreira, conciliadora, mediadora... Falece em vida física, um pedaço de nós. Um pedacinho enormemente importante, que nos deixa um estranho e torturante sentimento de termos ficado órfãos. É que de certa maneira ‘a Dulce era o Sepe e o Sepe também era a Dulce’. Até o vento hoje nos soa mais vazio. O nosso céu ficou mais cinza e o dia parece encoberto por neblina... A nossa luta perdeu um ícone... sua história, porém, suas construções e ensinamentos, - por outro lado e conforme a própria vontade dela, se aqui em vida -, nos dão a oportunidade de enxergarmos um motivo: seu legado. Legado de força, a partir do qual, pretendemos mais que nunca, nos segurar e guiar daqui em diante, para podermos continuar o caminho na luta pela educação. Dulce Figueira, presente!”.
O vereador Willian Cézar (PL), presidente da Comissão de Educação da Câmara, também professor e engajado nas causas da educação municipal, estava consternado: “É uma perda imensa, era uma grande amiga, companheira, guerreira. Uma perda não só para o município, mas para o estado. Nem consigo expressar direito essa dor”.
A secretária municipal de Educação Nilce Ramos, também abalada, disse: “Dulce é um símbolo da educação, uma referência na minha vida em termos de coerência, bom senso, diálogo e negociação. Estou muito abalada, triste, porque perdemos não apenas uma professora, um referencial, um símbolo, uma amiga. Era uma pessoa que ensinou todos que se aproximaram dela. Era uma professora para a vida. O município de Itaguaí chora e lamenta muito essa perda impossível de mensurar nesse momento, assim como será por muitos anos diante de tudo o que a professora Dulce conseguiu construir nesse município”.
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"Rubem é muito humano", diz primeira-dama de Itaguaí
Prefeito eleito visita secretarias e agradece servidores em Itaguaí
ITAGUAÍ - Na tarde desta segunda-feira (16), um dia após vencer as eleições para prefeito em um pleito disputadíssimo, Rubem Vieira visitou o prédio em que ficam as secretarias municipais de Assistência Social, Educação e Saúde, no bairro de Vila Margarida. Por volta das 14h, o prefeito eleito falou das dificuldades das disputas no município e da satisfação alcançada com a vitória.
“Minha campanha foi atacada por um monte de fake news. Todos os dias era uma coisa, mas nós vencemos. Foi difícil, foi muita paulada. A gente é forte, mas isso acaba entrando na nossa casa. Eu vi minha mãe chorar, vi minha mulher chorar. Foi difícil, mas agora vamos dar continuidade ao trabalho”, declarou o Dr. Rubão.
Ao lado de Nilce Ramos, secretária de Educação e Cultura, e em meio a uma plateia de servidores que fizeram uma pausa em suas atividades, o prefeito falou do cansaço, mas não deixou de comentar sobre a regulamentação da situação de servidores: “Eu não vim aqui antes para pedir votos. Mas é um prazer estar aqui e agradecer. Peço que cada um trabalhe, não pelo prefeito, mas pelo trabalho de vocês mesmos, porque cada um deve colher aquilo que planta. Já estamos trabalhando para regulamentar os direitos dos servidores”, disse ele. Os servidores de Itaguaí estão com direitos adquiridos congelados desde aprovação da Lei 3.606/2017.
Vieira também aproveitou a ocasião para falar, ainda que brevemente, sobre o aumento da arrecadação do município e como isso tem possibilitado os pagamentos em dia. “Conseguimos pagar os salários em dia e vamos pagar o décimo terceiro também em dia. Não paramos de trabalhar. Eu não vou tirar dias de folga. O trabalho continua”.
Rubem vieira foi aplaudido e depois de uma oração ministrada pela secretária de Educação, ele se despediu de todos fazendo uma adaptação em um dos slogans de sua campanha: “deixa a galera da educação trabalhar”.
Via: O Dia
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
Confira quem são os 11 vereadores eleitos para a Câmara de Itaguaí
Dr Rubão, do Podemos, é reeleito prefeito de Itaguaí
ITAGUAí - Dr Rubão, do Podemos, foi reeleito, neste domingo (15), prefeito de Itaguaí (RJ) para os próximos quatro anos. Ao fim da apuração, Dr Rubão teve 17,72% dos votos. Foram 11.341 votos no total.
O candidato derrotou Donizete (Cidadania), que ficou em segundo lugar com 16,11% (10.309 votos).
A eleição em Itaguaí teve 23,34% de abstenção, 3,36% votos brancos e 5,44% votos nulos.
Dr Rubão tem 38 anos, é casado, tem superior completo e declara ao TSE a ocupação de prefeito. Ele tem um patrimônio declarado de R$ 223.960,73.
Três dias antes da eleição, a polícia cumpriu mandados de buscas no comitê de campanha dele. A ação foi autorizada pelo juiz responsável pela 105ª Zona Eleitoral de Itaguaí, após pedido e investigações da Polícia Civil.
A polícia apura denúncias sobre compra de votos no município da Baixada Fluminense.
O vice é Valtinho Almeida, do Podemos, que tem 33 anos.
Os dois fazem parte da coligação Itaguaí Grande Novamente, formada pelos partidos PV, PATRIOTA e PODE.
Veja o resultado após o fim da apuração:
Dr Rubão - PODE - 17,72%
Donizete - CIDADANIA - 16,11%
Agenor Teixeira - PTC - 13,37%
Valle - PL - 13,05%
Ana Sagário - PSL - 10,40%
André Amorim - PSC - 9,58%
Alex Magrão - REPUBLICANOS - 5,76%
Nisan - PTB - 4,18%
Luciano Mota - PROS - 2,78%
Waldemar - PDT - 2,65%
Beto do Posto - DC - 2,32%
Aramis Brito - PSB - 1,64%
Alexandre Aranha - REDE - 0,23%
Sidney Mineiro - PSOL - 0,20%