sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Educadora supera agressões para fundar associação que ajuda mulheres vítimas de violência em Itaguaí


Ana Paula de Albuquerque Sales criou a Associação de Mulheres de Itaguaí, Guerreiras e Articuladores Sociais (Amigas), organização que oferece cestas básicas, assistência jurídica e cursos profissionalizantes para vítimas de agressões.

ITAGUAÍ - A educadora popular Ana Paula de Albuquerque Sales resistiu e superou as agressões cometidas pelo companheiro para fundar a Associação de Mulheres de Itaguaí, Guerreiras e Articuladores Sociais (Amigas), organização que oferece cestas básicas, assistência jurídica e cursos profissionalizantes para mulheres vítimas de violência.

O relacionamento de Ana com o seu agressor começou há cinco anos. "No início, parecia tudo bem. Depois de um ano, ele começou a dar sinais de violência, ficando agressivo e com ciúme possessivo. A coisa foi piorando até culminar em uma tentativa de feminicídio, com ela me dando uma. Ele mirou no meu pescoço mas, de alguma forma, consegui pular e me virar e essas facada pegou na minha coxa. Comecei a gritar e ele fugiu".

Para Ana Paula, aquele foi o momento definitivo. Ela conseguiu uma medida protetiva e também que a Justiça emitisse um mandado de prisão contra o agressor.

Foi quando ela decidiu criar o projeto Amigas - para ajudar outras mulheres que passaram pela mesma situação.

"Damos acolhimento e fazemos rodas de conversa, para que elas entendam que não estão sozinhas. Conseguimos tratar essa mulher - emocionalmente e juridicamente. Também as ajudamos a empreender, para que ela possa ter independência financeira".

Ana Paula passou pelo autoengano comum nesse tipo de situação. "Nunca imaginei que passaria por uma violência doméstica. Muitas vezes, nem acreditava estar passando por aquilo, já que há a fase da negação. É muito mais confortável acreditar que tudo aquilo vai passar - só que não passa, piora".

Ela recomenda que mulheres vítimas de agressão procurem em suas cidades ONGs semelhantes à Amigas, além da polícia e secretarias de assistência social. "Em cada cidade, há mulheres que lutam por outras mulheres".

Via: G1

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