quinta-feira, 28 de abril de 2022

Antes de morrer, Jovem tentou reaver o dinheiro para tratar infecção; Ela fez procedimento estético


A jovem, de 26 anos, fez um processo inflamatório que evoluiu e morreu em julho de 2021. Uma falsa enfermeira, suspeita de aplicar metracril na jovem, foi presa nesta quarta-feira (27 de abril).

ITAGUAÍ - A jovem de 26 anos que morreu após um procedimento estético nas nádegas, chegou a ser hospitalizada por causa de uma infecção. Durante a internação, Ela tentou reaver parte dos R$ 2.500 que pagou pela intervenção a uma falsa enfermeira.

Em uma troca de áudios, ela pede a devolução do dinheiro.
A Enfermeira: Amiga, olha, só, eu acho que agora não é o momento de dinheiro, não. A gente fala disso depois. Agora o importante é a sua saúde. Não vamos falar de dinheiro agora, a gente fala isso depois, a gente senta, resolve. Infelizmente, acontece.
A Jovem: Eu sei, eu já tô no hospital, eu só queria, eu não quero os R$ 1.500 de volta, os R$ 2.500 de volta, não. Pelo menos R$ 1.000, porque eu preciso, eu tô muito mal, eu não ando sozinha.
 Shayene Nunes Pinto, de 26 anos, morreu após procedimento estético 
Foto: Reprodução/TV Globo

A falsa enfermeira, de 41 anos, foi presa na manhã desta quarta-feira (27 de abril). Ela se apresentava como enfermeira, mas não tinha registro no Conselho Regional de Enfermagem e nem formação na área.

O caso aconteceu em julho de 2021. A jovem morreu no Hospital São Francisco Xavier, em Itaguaí, na Baixada Fluminense, depois de ter feito a aplicação de 500 ml de uma substância conhecida como metacril. Ela deixa dois filhos, um de 9 e outro de 10 anos.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia diz que o metacril pode ser utilizado, mas em quantidade menor, de aproximadamente 20 ml. E a aplicação tem que ser feita com a supervisão de um médico.

Operação policial

Mariana Ramos de Jesus, de 41 anos / Foto: Reprodução/TV Globo 

A mulher, de 41 anos, foi presa durante uma operação da Polícia Civil. A polícia também cumpriu mandados de busca e apreensão contra a filha, de 25 anos. Elas atuavam juntas em uma clínica clandestina, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.

Segundo o delegado Marcos Santana, Mariana, que era dona da clínica, aplicou 500 ml de metracril na vítima.

"A vítima contratou os serviços de uma falsa enfermeira para inserir metacril no organismo para aumentar o volume das nádegas. Após a inserção desse material, a mesma veio a ter várias complicações e evoluiu para óbito", disse Santana.

Como o delegado informou, na ocasião, logo após o procedimento, houve uma piora no estado de saúde da vítima. Ela chegou a ser internada, mas morreu no dia 20 de julho do ano passado.

"Após identificarmos essa falsa enfermeira que teria aplicado esse tipo de procedimento, apuramos que a mesma tem uma empresa de estética onde ela faz esse tipo de atividade em outras vítimas. Hoje estamos na rua cumprindo mandados de busca e apreensão e mandado de prisão da Mariana, a autora desse crime", afirmou o delegado.

O laudo do IML apontou que a vítima morreu por trombo embolia pulmonar, septicemia e síndrome inflamatória sistêmica causadas pela aplicação do metacril.

A mulher, de 41 anos, vai responder por homicídio doloso e exercício ilegal da medicina.

Ana Carolina Ramos de Jesus, de 25 anos, atuava com a mãe em um clínica clandestina Foto: Reprodução/TV Globo 

Via: G1

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