quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Alunos de Itaguaí apresentam a peça “Minha Mãe é Negra, Sim!” no Festival de Esquetes Estudantis





A esquete teatral é uma adaptação do livro de Patrícia Maria de Souza Santana e foi elaborada em um trabalho da professora Carla Rocha junto aos alunos da Escola Municipal Elmira Figueira e o projeto Ativação Cultural Itaguaí

"Minha Mãe é Negra, Sim!", a emocionante esquete teatral adaptada do livro "Minha mãe é negra sim!", de Patrícia Maria de Souza Santana, está pronta para cativar o público e lançar luz sobre a questão do racismo. A peça, com duração de 10 minutos, é o resultado de um esforço colaborativo entre a professora Carla Rocha, da sala de leitura da Escola Municipal Elmira Figueira, em parceria com o projeto Ativação Cultural Itaguaí, que tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Além de ser destaque na última Feira Literária de Itaguaí (FLIMI), a esquete teatral foi inscrita no prestigioso Festival de Esquetes Estudantis de Itaguaí e será apresentada no Teatro da Praça CEUs, em Chaperó, nesta quarta-feira (22).

O livro "Minha Mãe é Negra, Sim!" foi trabalhado com todas as turmas da unidade escolar, da educação infantil ao quinto ano, servindo como uma base sólida para a criação do esquete teatral. O espetáculo foi montado com o objetivo de abordar o tema do racismo de forma lúdica, tornando-o acessível e envolvente para todas as idades.

Arte-educadores experientes em interpretação e direção teatral, Rodrigo Pinho e Zé Alex, formados na UNIRIO, foram convidados pela professora Carla Rocha para contribuir na montagem do esquete. Eles trouxeram seu conhecimento e experiência para aperfeiçoar a performance, focando na movimentação de cena e na simplificação do figurino, incorporando elementos teatrais que enriqueceram o esquete. "Quando chegamos, o esquete já estava bem adiantado, a professora já tinha algumas ideias e os alunos já estavam decorando os textos, então chegamos mais para a parte da montagem, movimentação de cena, como simplificar o figurino, introduzindo essa brincadeira teatral no esquete”, contou o arte-educador do projeto Ativação Cultural Itaguaí, Rodrigo Pinho.

O aluno João Victor Leal, do 8º ano da Escola Elmira Figueira, compartilhou seu depoimento. "Por muito tempo quando eu era criança, sofri muito com isso e ficava triste. Agora estou tendo um papel tão importante na peça e em uma peça tão importante para a sociedade. Saber que o racismo não é a solução; a solução é aceitar as diferenças das pessoas, seja por religião, cor, gênero. Precisamos aceitar e não julgar os outros por serem diferentes", disse João.

O espetáculo, que está sendo ensaiado desde agosto, envolveu os professores da Ativação Cultural trabalhando em estreita colaboração com os alunos, aplicando exercícios de movimentação, ocupação de espaço e desenvolvimento de habilidades vocais.

A aluna Maria Eduarda Coutinho, do 7º ano da Escola Elmira Figueira, contou um pouco sobre como é fazer parte da esquete teatral, "Eu me sinto muito lisonjeada porque sei da importância da peça que fala principalmente sobre racismo, que é algo que tem acontecido muito, pessoas sendo criticadas pela sua cor de pele, ou até mesmo por qualquer outro motivo. Sei o quanto isso é errado e fico muito feliz de ter um papel de mãe da personagem principal."

"Minha Mãe é Negra, Sim!" é mais do que uma esquete teatral. É uma poderosa declaração que pretende inspirar conversas e ações em direção a um mundo mais inclusivo e igualitário, enquanto envolve todos, desde a educação infantil até o quinto ano, na exploração desse tema crítico de forma lúdica e envolvente. João Victor e Maria Eduarda são exemplos inspiradores do impacto positivo que a esquete está tendo nos jovens, capacitando-os para abraçar a diversidade e lutar contra o racismo.

Sobre o Projeto Ativação Cultural Itaguaí

Com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, desde 2018, o projeto Ativação Cultural Itaguaí já beneficiou mais de 15 mil alunos de escolas públicas do município e ofereceu mais de 1.002 horas de oficinas gratuitas, buscando o resgate e a valorização da cultura itaguaiense. Ao todo, 26.417 pessoas foram impactadas diretamente pelo projeto, com 15.870 crianças mobilizadas dentro de 48 escolas municipais. O projeto também mobilizou 850 artistas profissionais e amadores participantes, com 1.100 contratações de prestadores de serviço e fornecedores, sendo 70% da cidade de Itaguaí. No primeiro ano, o tema do projeto foi a comemoração do bicentenário da cidade, contando a história através de diversas atividades culturais em praças e escolas municipais de Itaguaí. Em 2019, foi a vez de reforçar o elo com os artistas locais e, assim, foi iniciado o trabalho dentro de nove escolas públicas do município com oficinas de várias linguagens artísticas, como circo, música, teatro, cinema, entre outros. Já em 2020, o objetivo foi aprofundar ainda mais o trabalho, tendo como público-alvo crianças e jovens, mas com um novo formato, já que se iniciou a pandemia de Covid-19, realizando lives com debates e apresentações culturais. E em 2021, sob o desafio do segundo ano de pandemia, a proposta do projeto foi trabalhar conteúdos culturais de forma mais aprofundada junto aos alunos e professores da rede pública, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC), com aulas online dentro do horário escolar. No ano de 2022, o projeto voltou com as aulas e atividades presenciais nas escolas e praças de Itaguaí.

Sobre o Instituto Cultural Vale

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org

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